Confirmado pela comunicação social e pelo próprio Grupo. Fiat separa-se da Ferrari: Fiat Chrysler Spins Off Ferrari in Cash Grab - Bloomberg Fiat Chrysler to spin off Ferrari, issue $2.5 billion convertible bond - Yahoo Finance Here's Everything You Need To Know About Fiat-Chrysler Spinning Off Ferrari - Business Insider Um abraço, Nuno.
Além da separação Fiat-Ferrari (ligação negociada e firmada em 1969 pelo próprio Commendatore) agora anunciada, é foco de particular atenção os seguintes trechos: FCA will sell 10 percent of Ferrari’s shares and give the rest of its 90 percent stake to its own shareholders, the company said today in a statement. The separation will be complete next year, and Ferrari shares will be listed in the U.S. and possibly also in Europe. "Today is a big clean-up day," FCA's chief executive Sergio Marchionne said "Over the next year, Marchionne will surely push Ferrari to up production and introduce new models — in all likelihood, models that compete in different segments, that cost less (the cheapest Ferrari, the California, is priced at $200,000), and that expand the brand's aura of exclusivity into quarters that are just a bit less exclusive." "Ferrari fans are now going to have to brace themselves for the inevitable creation of a Ferrari SUV. Maybe Marchionne — a Ferrari fan himself, he owns 7 — (...) But then again, he has to be looking at the tremendous success Porsche has enjoyed with its Cayenne SUV" Não esquecer ainda, para adicionar à "molhada" se me perdoam a expressão, as notícias já confirmadas pelo próprio que Marchionne sairá em 2018 (menos de 4 anos - passam num instante), abrindo um ponto de interrogação relativamente à sua sucessão. Antevejo um futuro de "vendidos" à selva do lucro fácil (vide: Porsche). Não antevejo contudo, o que esta mudança fará ao valor de mercado dos modelos de outrora. Se houver alguma lógica, deverá sofrer um incremento. Os Ferrari de antigamente não poderão ser equiparados às "coisas" que estarão na calha desta nova administração. Nova visão, novo foco, nova missão às quais as visões de Enzo são cada vez mais alheias. Aliás, nem é preciso ir buscar Enzo para a conversa. Até as ideias de di Montezemolo há um par de meses, estão derrotadas por completo. Poderá não ser o fim da Ferrari, mas parece-me ser com grande probabilidade, o fim da Ferrari como nós a conhecemos. Um grande abraço, Nuno.
Esta notícia esmorece-me o espírito Quando pensamos em Ferraris, pensamos quase todos num veículo de baixo perfil, esguio, com linhas a roçar a perfeição e que nos fazem vibrar, numa explosão de emoções… Os Ferraris, sem exceçpão, possuem todos uma genética criada por Enzo, alimentada por potentes e refinados motores sorvedores de gasolina e uma carroceria que é fantasia de pequenos e graúdos. Acredito que dentro de cada homem, mesmo que diga que não, há um instinto natural em querer ter um Ferrari. É quase como se a genética que Enzo implementou nos seus carros, se tivesse incorporado na genética masculina, por simpatia Embora triste, reconheço que o tempo que atravessamos pode colocar à Ferrari novos desafios a que a mesma terá que saber responder. Se remontarmos à génese da nossa querida marca, sabemos que os carros a que agora chamamos de Ferraris, derivaram da necessidade de Enzo “alimentar” a empresa na produção de carros de corrida. E dessa necessidade saíram os carros que nós tão bem conhecemos, os Ferraris de estrada, dos quais alguns de vocês são felizes proprietários e que possuem, incorporados nos seus motores, cabos e chapas, o tão famoso código genético que Enzo lhes introduziu. Contudo, se em pleno século XXI a Ferrari tem a necessidade de responder às necessidades do público, por forma a poder, também agora “ alimentar-se”, terei, mesmo que resiliente, tentar compreender a criação do SUV como uma tentativa de agradar a um tipo de consumidor, mesmo que desagrade os verdadeiros amantes da marca como uma construção verdadeiramente iconoclástica! Perante isto, se a ideia do SUV for para a frente, só peço uma coisa aquela que, esperemos nós, continue a ser a marca mais exclusiva do mundo: Que construa o melhor, mais potente e espantoso SUV que o mundo já viu. Não posso exigir menos de uma marca como a Ferrari. Talvez assim não se perca a genética e a aura da qual todos os Ferraris deveriam ser portadores... PS- O primeiro Ferrari que vi teria cerca de 5 ou 6 anos e jamais me esquecerei daquela imagem… Foi um Ferrari 512TR rosso corsa, um verdadeiro Ferrari, que me marca até hoje e me faz ter um lugar muito querido no meu coração para ele. Talvez um dia, quem sabe, possa vir a ser também o meu primeiro Ferrari… e isto para dizer o quê? Será que um miúdo que aos 5 anos o primeiro Ferrai que vir for um SUV, ficará com o mesma fantasia na retina com que eu fiquei ao ver o 512TR, e que me fez ser um apaixonado da marca até hoje? Tenho sérias dúvidas...............
Nem mais, não teria dito melhor. Este é, para mim, o primeiro passo para banalizar uma marca mítica. Algo parecido com o matar da galinha dos ovos de ouro. É preciso não esquecer que a Ferrari faz mais dinheiro com a venda de merchandising do que com a venda de carros. Por este caminho, dentro de 10 anos não sei como vai ser. Ferrari's usados a 10.000 Euros, com manutenção que só pode ser feita na marca por quase o mesmo preço. A lógica do lucro imediato fala sempre mais alto, apesar de tantas lições recentes. Resta-me apenas uma certeza: os modelos anteriores vão disparar de preço assim que sairem os primeiros modelos popularizados. Quem os tem, que os guarde. Quem puder, que os compre rápidamente!
Amigos dont worry! Vai vir ai um SUVezaço com V12 de 700cv que vai engolir evoques e cayenes ao pequeno almoço! Mesmo que o SUV chegue a ser produzido vai ser um enorme salto para a frente disso tenho a certeza
Há que pensar positivo e fazer um esforço para sermos felizes Pode ser que até fiquemos surpreendidos com os novos (ou o manter dos antigos) conceitos e principios nesta nova era, pode ser que nos mostrem que é possivel seguir em frente olhando para trás e nos apresentem uma visão futurista com grandiosos modelos de linhas curvas dotados de novas tecnologias e de um 'grito' nunca antes ouvido à face da terra... ...ou então... ...darmo-nos de contentes por termos na garagem o ultimo suspiro do cavallino rampante
Caro Rui, neste aspecto acho que já discordo de si... Mesmo que a Ferrari construa o SUV, acredito que seja um veículo para valores a rondar os 300 mil , (a não ser, claro, que queira competir, até no preço, com os Cayannes da Porsche)... Como tal, não vejo como poderá o SUV estar a 10 mil euros daqui a 10 anos... Outra coisa será dizer-me que a Ferrari irá começar a fazer carros mais "populares" (espero bem que a estratégia da marca não passe por esses caminhos tortuosos!!!) a rondar os 300 cavalos, para competir directamente com a Porsche e a praticar preços semelhantes (na casa dos 100 mil euros, novo). Aí sim, já concordo totalmente consigo!!!!
SUV não fazem sentido. mas um modelo abaixo do 458, com um preço de entrada nos 200.000e porque não? o 360 modena quando saiu custava 150.000€. pior é se partilharem desenvolvimentos com alfa e maserati...
Um carro na ordem dos 200 mil não me choca, aliás, se fosse apelativo e suficientemente potente para ser digno de ostentar o cavalinho rampante, até preferia que a estratégia da marca fosse enveredar por um modelo de entrada de gama mais barato (entre os 150 mil e os 200 mil), em vez de fazerem um SUV... Mas isso são só desabafos de um entusiasta que nenhum dos senhores da Ferrari vai ler...
Continuam a surgir notícias relativas à Ferrari e ao grupo FIAT que promovem a minha desconfiança acerca da natureza e objectivo primordial do negócio. Desta feita, foi divulgada hoje a notícia que a Ferrari terá que entregar cerca de 2.25 mil milhões de Euros à FIAT antes da separação que, estima-se, trará cerca de 2.5 mil milhões aos cofres do grupo (eventualmente chegando aos 4 mil milhões, de acordo com o testemunho de Marchionne, que também não elabora a sua declaração): http://europe.autonews.com/article/20141113/ANE/141119913/ferrari-will-pay-fiat-chrysler-2-8-billion-before-its-spinoff?cciid=email-ane-blast Sublinho: "Prior to the separation we also intend to enter into certain other transactions including distributions and transfers of cash from Ferrari currently estimated at 2.25 billion euros," FCA said in a filing with U.S. regulators on Thursday. Um cordial abraço, Nuno.
Uma notícia também avançada pelo Wall Street Journal de ontem: Ferrari Might Sell More Than 10,000 Cars, Maybe, So Start Panicking De salientar uma passagem que considero particularmente incrível: "If exclusivity becomes unreachable, it is no longer exclusivity,” said Mr. Marchionne (...) Let’s not fool ourselves here. We are in business to supply cars to people" 1) Desde quando é que a Ferrari teve que se preocupar com os seus produtos serem demasiadamente exclusivos? O que antes era visto como um objectivo e um ideal, agora é um problema? Em Portugal, existem Porsches, McLarens e Lamborghinis que rivalizam com o preço pedido por um Ferrari. Estarão as marcas supra citadas preocupadas com os rendimentos dos seus clientes, ao ponto de considerarem uma baixa de preço e aumento de produção, porque os seus produtos estão a tornar-se inatingíveis?! A Ferrari nunca vendeu tanto quanto neste último ano completo da presidência de Luca di Montezemolo (receita de 2.3 biliões de USD, um aumento de mais de 5% face a 2012), já para não falar que em termos de clássicos, 2013 e 2014 foram de novo anos recorde em termos de preços atingidos em leilão. Nos supermodelos e nos Ferrari de produção limitada, a procura continua a ser exponencial e absurdamente maior que a oferta, independentemente do preço. A táctica de controlar e manter a produção em números restritos sempre resultou e vem directamente do fundador ("A quantidade de Ferraris no mercado deverá ser igual ao da procura, menos 1" - Enzo Ferrari). Quais serão os motivos do Sr.Marchionne, com base nos números, para achar que o relatado é um problema e que portanto se deve atacar o business plan vigente?! 2) O core business da Ferrari para o Sr.Marchionne é (traduzo e cito): "Vender carros às pessoas"? Nem me ocorre nenhum comentário que não recorra ao vernáculo. Um grande abraço, Nuno.
Incrível a tremenda ironia do destino... A Lamborghini...que quando foi engolida pela estrutura do grupo Vag no final dos anos 90, foi uníssono em torno dos fans da marca e do mundo automóvel em geral o pensamento "agora foi a machadada final", "nunca mais vamos ter miuras, countachs e diablos", "os alemães vão tirar a alma aos carros", "nunca vai ser rentável daqui a 2 ou 3 anos acabam com a marca"... afinal renasceu com o espírito inicial que a marca sempre teve, ser especial, única, chocante, diferente, exclusiva e segundo as palavras do seu presidente face às pressões "verde" e "modelos de produção em massa" : "we´re lamborghini..fuc* zero emissions!!!"... E a Ferrari, com a sua autonomia e criatividade ímpares, a fábrica de sonhos mundial, a mais mítica das míticas, a speciale..entre todas as especiais, vai transformar-se quer os aficionados gostem ou não, na nova Porsche..banal..usual..igual a tantas outras..que vai continuar a fazer bons carros, mas com a chama de outrora apagada pela produção em massa, por fazer todo o tipo de carros para agradar a todo o tipo de pessoas, em vez do inverso. Tive o prazer de estar ontem à conversa com o Carlos da Racar. Pessoa impecável. Pude ver lado a lado, carros como um FF, um Murcielago, um Superleggera e um Hurrucan. Aliás o Hurrucan até andava a aterrorizar a avenida António Augusto Aguiar ontem para cima e para baixo...e a pessoa para no tempo, a ver os caminhos pelos quais a Lamborghini e a Ferrari seguiram..completamente opostos. Como a Ferrari vai ser a "nova" Porsche (a "antiga" terminou em 1996 no 993), ao menos que me dêem o prazer de do nada fabricar um SUV que chegue ao mercado e rebente com todos os "pseudo-suvs" que já cá andam. Ao menos isso.
No dia que a Ferrari se tornar a nova Porsche o meu gosto pelos automóveis vai ser seriamente afectado. Completamente ridículo!
As declarações do novo presidente continuam a desagradar-me enquanto fâ da marca. É a lógica do lucro pelo lucro, numa casa que tem vindo a apresentar resultados positivos. Partilho da enorme preocupação que senti em Itália junto de alguns dos trabalhadores!
O velho ditado "O fato não fazem o homem" cai bem neste problema, este individuo (não há outro nome para ele) está a por em causa 65 anos de paixão, trabalho árduo e exclusividade! Vai acabar com o mito! O meu maior gosto era ver todos os entusiastas e proprietários da marca fazerem chegar o seu desagrado ao individuo em relação as suas novas politicas! Era o mito a ganhar ainda mais força e história!
Quando o tema é Ferrari, sou feliz por minha infância pertencer à geração do Testarossa em rosso corsa e do F355 em giallo modena.
"...On the stairs of Death I write your name, Liberty..." Image Unavailable, Please Login Image Unavailable, Please Login
Uma boa notícia para os proprietários de carros com as "linhas tradicionalmente à Ferrari", leia-se modelos da década de 80 e 90, é que assim que a "nova" Ferrari entre em cena, a fabricar Cayenes, Boxsters e derivados, o preço dos modelos que habitualmente estão associados à linhagem mais clássica da marca vão subir até à estratosfera. O Fenómeno dos preços meteóricos dos Dinos, dos F40, etc, vai replicar-se em todos os modelos desses 20 anos de produção, que comecem a ver escassear cada vez mais exemplares originais em bom estado de conservação, e com histórico e proveniência à prova de bala. Se pudesse fazer uma aposta face ao número cada vez menor de exemplares no mercado, apostaria nos modelos: Mondial, 400 (o 412 já fez o fundo à 3 anos atrás), 348 ( o 355 já fez o fundo à 2 anos atrás), 308 GT4 (extremamente raro já hoje em dia). E com também valorização, embora menor em termos percentuais face aos preços que já se encontram em subida os: 355, 456, 550, 575. Na Porsche foi exactamente a mesma coisa. Quando a "nova Porsche" começou a inventar em 1996 o boxter e em 1997 o 996, o preço dos 930, 964 e 993 não parou mais de valorizar, tendência que se mantém quase duas décadas depois, com os modelos seguintes pertencentes à geração da "nova Porsche", 996, 997, boxster, cayene, cayman, panamera, a desvalorizarem como pãezinhos quentes acabados de sair do forno..
por isso amigos, e para quem quiser e puder, e numa perspetiva de investimento puro, há que começar a equacionar esses modelos, que irão certamente valorizar consistentemente nos próximos anos. a "nova ferrari" será uma realidade, quer nós gostemos quer não, e não há nada que possamos fazer para o impedir. é um sinal dos tempos, e os accionistas não querem modelos icónicos e de baixa produção, querem é dólares! há que ser inteligente e beneficiar do que aí vem com esta mudança de rumo.
Isto está a ficar bonito ... Montezemolo hits back at Ferrari boss Marchionne | Ferrari | Formula 1 news, live F1 | ESPN F1 Pedro, estou de acordo com o que disse!
Nem consigo expressar o que eu gostei do post do Pedro!!! Deus o ouça! Um grande abraço e feliz 2015! Nuno.
Para já, o primeiro lançamento sob a égide de Marchionne parece ser prometedor, apesar de provavelmente ainda se tratar de um projecto di Montezemolo. Foi anunciado o substituto do 458 Italia. Será apresentado no certame de Geneve no próximo mês de Março. Chamar-se-à 488 GTB, um 3.9 V8 bi-turbo a debitar 670 cavalos de potência às 8000rpm e 760nm de binário. Dos 0 aos 100km/h em 3.0 segundos, dos 0 aos 200km/h em 8.3 segundos, velocidade máxima superior a 330km/h, disponível apenas com caixa automática de 7 relações. Ferrari 488 GTB revealed with twin-turbo V8 engine So far, so good. Vamos ver se se mantem esta filosofia e se não estragam tudo com números de produção elevados. Um abraço.