Ferraris de Angola ATCA onde estão?

Havia em Angola uma associação de desposto automovél que comprava na Europa nos anos 50 os carros de competição usados e obsoletos para correrem cá em Angola pelo club e serem usados pelos menbros do club ...

No Turbulento e conturbado periodo da independência de Angola como era instituição associativa... Ficou sem corpos gerentes e as viaturas abandonadas e foram desaparecendo ...

Lembro de vários Ferraris que lá havia na garagem que é Frente ao hoje Hotel EPIC SANA em Luanda

Foto anexa da garagem chia de carros

Lembro que lá tinham Maseratis pois fomos lá á procura de peças para um Ferrari em 1979 e ainda lá estavam todos estragados e rebentados e ainda lá estava um Ferrari Dino ...

Já lá não estva o ALFA 33 que erad tb do ATCA dos anos 50...

Um dos Ferraris foi o Famoso Ferrari 250 GTO que apareceu á venda no monaco no fim dos anos 80 e foi vendido no monaco por 4,5 milhoes de usd e hoje vale uns 35 milhoes de usd.

Uma das fotos é da garagem do ATCA com as viaturas lá nos anos 70 foto de amador antes da independencia de Angola...

Alguns dos carros vinham da eurpoa correr alugados pelo acta e depois é que eram comprados e ficavam em Angola...

Jorge Cruz
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Aqui vão mais fotos antigas dos ferraris GTO e aparecem tb os maseratis 300s
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Aqui estão mais Fotos do Ferrari 250 GTO
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Fotos de outro carro milionário que foi finalmente Salvo na Decada de 90 pelo sr Wellinger era do Team Socoína - ALFA ROMEU Emaco e está descrita no link

Motorsport in Angola: Alfa Romeo T33 e António Peixinho

Resume um pouco o que digo sobre os Ferraris que ficaram no ACTA.. em 1975 e desapareceram para sempre salvo um dos GTO e Um Dino que foram re-exportados ...
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Aqui vão mais imagens de outro Ferrari o 225 s IGUAL ao que tb aqui ficou na garagem do Acta em Luanda 1975 abandonados e que acabaram por ir pra Oficina do "Tio" Artur maluco e desaparecer em sucata ... nos anos 80/90 ...

ÁS vezes confundo e talvês tenha sido neste e não no 250 que lá estava ao qual o Artur Maluco cortou a cabina p fazer cabrio e p se calhar era mesmo neste que mexiamos e tentavamos por em marcha e o tal que tinha caixa estragada.

Que descobrimos não podia mais funcionar pois tinha a caixa estragada e estav sem as rodas dentadas interiores da caixa... o que descobrimos qdo o fizemos trabalhar...
Já não me consigo lembrar bem pois eram muito parecidos tb de motor....

Como o descreve no blog ...

Ferrari em Portugal 225S

Foi comprado pelo ACTA em 1959 e veio para cá!

esteve no III grand prémio de Angola e o comportamento foi este;

III Grande Prémio de Angola
19/20 de Setembro

Morais Sarmento (nº20)
Treinos: 23º
Corrida: 15º
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Excelentes fotos e excelentes histórias, Jorge da Cruz! Obrigado pela partilha!

 

Aqui vão as fotos de um dos Maserattis que ficou com os Ferraris no ACTA e o qual o Artur Maluco vendeu para depois sair de ANGOLA

Como aparece no site

Peter Giddings Racing

onde DESCREVE ...

On June 18 1958 the car was sold to the Automovel E Touring Clube de Angolo,(a) where it was actively and successfully campaigned throughout Angola and South Africa (actual results still being researched).

The Automovel E Touring Clube de Angola regularly returned #3057 to the Maserati factory for overhaul and updating.

Such was the success and reliability of #3057, that the Clube purchased a second 300S (#3082). Thus they now owned one of the first prototype 300Ss, together with the last but one ever built!

By the 70s, following the Communist revolution, most of the Portuguese residents left Angola and sadly abandoned a number of race cars including #3057. Several of these competition cars were turned into streetable sports cars, this being the fate of #3057 which ended up with an American V8 engine and gear box.

Discovered and purchased by Swedish engineer Stein Johnsen in November 1989, Johnsen was forced to hide his Angola discovery in a container, the doors of which he welded up, then covering everything with earth.

What Johnsen went through to spirit #3057 out of Angola is a story in itself, but by March 1991 #3057 arrived in Oslo!

Purchased in February 1992 by Englishman Peter Scott and after Maserati historian, Richard Cump had pronounced #3057 as genuine, it was moved to Paul Weldon’s Church Green shop for a total ground up restoration.

QUE BOM QU SE SOUBESSE DA Historia dos Ferraris que eram vários uns 6 ou 7 ...
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O blogspot "Ferrari em Portugal" que menciona é excelente! É mantido por um grande entusiasta e profundo conhecedor da história da Ferrari em geral, muito especialmente da Ferrari em Portugal. Recomendo vivamente!
Já teve oportunidade de o conhecer?

 

Ola RGigante não conheço ninguém do chat á excepção do Ricardo Teixeira que é tb daqui de Angola ...
Quando ai estou em Portugal fico mais no Algarve embora vá rotineiramente ao Douro-Sabrosa pai é dai e a Ourense ( Espanha ) o Ricardo é uma pessoa excelente ...
Acompanhei de perto com 14 anos essa história dos Ferraris que ficaram aqui abandonados no Acta pois tenho uns amigos dessa data que tinham uma garagem (Artur Maluco) e passavamos a vida lá a reparar as motos ... e porque o pai dele se desligou das sucatas (Ti Artur) lá abandonadas começamos a "mexer" em um desses Ferraris o 250 era cabrio ... havia outro que acho era o 250 GT que lá estava e tinha sido cortado e transformado acho que pelo "Lindocas" ou Santos Peras ... Um foi mecanico de corridas o outro corredor aqui ...
Naquela epoca pós independencia era um caos ... muitas coisas que ficaram abandonadas o estado dava a opção de solicitares ás "obras publicas" o registo de um carro abandonado com matricula AME XX XX o pessoal até gosava AME ( Agora Mando Eu) ...
Na Garagem do acta aina la estavam um Dino Um outro ferraro o LM tipo lotus ... e vários os maserattis 300 tb Lotus e outros que já não me lembro bem ....
O lotus 33 estava no quintal de um senhor que faz gradeamentos e serralheria em 1996 junto com outros lotus aqui em Luanda...
Ninguêm ligava nenhuma não tinha dono estava abandonada sem sócios e era "guardada" por pessoas fiéis que la tinham trabalhado e se mantinahm lá e nós iamos lá á caça de peças para os que foram parar á caverna de ali babá que era o quintal do "Lindocas" todos os schnitzer lá estavam ... e "oficina" do Artur Maluco que é até hoje uma pessoa especial .... Caçador de segunda a domingo andava na altura com uma harley de side car ou Indian dos anos 30 .... Sempre que não estava no jeep a caçar ou estivesse por perto da "garagem" que era gerida mais pelos filhos e onde ele estava sempre a dar dicas de chapeu de cowboy.... mas trabalhar mesmo só qdo lhe interessa-se ... o que fazia só com coisas muito complicadas como pegar num tambor e em 3 horas fazer um guarda lamas á mão so com o martelo passavas lá a mão e não sentias erro nenhum era como feito de fábrica.
Foi assim que começamos a pôr o 250 barquetta a trabalhar o que conseguimos ... Para depois o registar AME e ir dar umas voltas pelas praias e "posterar" junto ás damas!
Todos achavam impossivél pela falta de peças ... Ti Artur (desdenhava esse comentário e dizia "as peças fazem-se) e fez para nós uma bomba de óleo a partir de uma nova de fiat 127.
Faltavam-lhe os giglers de todos os carburadores ( desconfio hoje que tinham sido retirados de propósito) estava sem bomba de oleo o v12 e sem oleo e quase colou.... de ter ficado parado sem oleo ...
Fizemos as pecinhas montes de vezes no torneiro mas as medidas eram sempre erradas até que o BIANCHI se enervou com as nossas tentativas ao passsar pela oficina e foi ele mesmo dar as medidas dos gigles ao torneiro. E nos ensinou a comandar o vV12 e por no ponto.
Trabalhou mesmo e perfeito com as juntas feitas manualmente e tudo (não ahavia silicones nessa altura) ....
A oficina tooooooda parou em silencio qdo depois de uns 5 meses de mexidela o V12 trabalhou como um "rolls".... Ainda me arrepio pois não tinha bomba de gasolina e trabalhou de "burrinho" com um jerry can de gasolina em cima de um tambor para ela fluir por gravidade...
PB foi que a caixa tinha sido aberta e esvaziada das engrenagens faltavam lá ums 5/6 quase 70% da caixa ... aí foi o desalento Geral... (Deve ter sido retirada por algu~em do acta que abandonou angola e sabia o que deixou para tráz e fez para que não o levassem e usassem).
Quem comprou esse motor que reparamos e fizemos funcionar e o levou depois daqui foi o SVEN Jhoensen que era um suco que tb por aqui andava e o comprou o do Maserartti 300 s...

Enfim historias de
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Caro Jorge,

As fotos que publicou são muitíssimo interessantes e tem um enorme valor histórico e que grande pena esse 250 GTO ter acabado no Mónaco mas houve situações idênticas que aconteceram noutros países. Li que foram produzidas um total de 39 unidades e que houve um destes automóveis que ganhou o grande prémio de Portugal (Cascais) em 1964 e já agora gostaria muito de saber, por uma questão de curiosidade, se além do exemplar Angolano existiram outros em Portugal.

Cumprimentos

Mário

 

Depois do meu ultimo post tive acesso à lista dos actuais proprietários (ver em baixo) dos 250 GTO de que há registo. Na lista encontram-se 33 automóveis e como foram fabricados 39 há 6 que muito provavelmente foram abatidos. Pelos números de chassi talvez consiga identificar qual deles é o Angolano.
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Olha eu não sei Mas um lugar onde se sabe alguma coisa é no TONI Auto de Maranello eles restauram carros desses e fazem peças para eles que enviam á esquerda e direita pelo mundo fora ... é uma oficina familiar mesmo perto da fabrica da ferrari já la estive a visitar e o filho é muito prestavél se quiserem eles dizem onde andam hoje alguns desses carros se existirem...

Talvez esse GTO que aí andou tenha depois acabado a vida dele por aqui era o que acontecia a muitos desses carros qdo acabava a vida deles util na Europa e Metropoles eram comprados par fazer carreira cá mais abaixo ....

Mas eu era um garoto em 75 tinha 10 anos e 14/15 a mexer nesse 250 pouco sei o que sei é das histórias dos + velhos que por aqui ficaram e passavam horas a falar desses tempos e carros sobretudo no fim dos anos 80 qdo se percebeu o valor que tinham afinal...

O Acta era um clube e tinha socios ricos (como sempre acontece por aqui em Angola ) embora nessa altura fosse da venda de café ao contrario de hoje que as fortunas aqui são do petróleo e que não se importavam de ofercer e comprar p o club os carros que vinham da europa cá fazer temporada e correr ...! Pagavam e ficavam cá e o "Socio Benfeitor"Lá ficava famoso nas mesas de bares como o X que ofereceu o carro Y ao Club ...
Quando começou a turbulência da indepêndencia o que era um lote magnifico de carros de coleção do club mantidos como as taças e troféus de um club de 1ºDivisão da Europa ...

Ficou ao abandono sem ninguêm para cuidar deles pois nem os corpos regentes do club e associação existiam mais !!! Só a garagem cheia do que se chamava velharias sem utilidade...

Qualquer das pessoas que lá estava até aceitava que os tirassem de lá ... Não fosse um revolucionario qualquer engraçar com eles e começar a ameaçar para os levar de lá eram épocas dificeis sem lei nenhuma ...

Haviam lá montes de outros carros além dos classicos alguns á guarda ... lembro de vários CAMAROS Mustangs BMW ti injeção Opel schnitzer vários sobretudo todos os que eram de 1974 e 1975 proibidos de sair por serem quase novos a garagem tinha e tem 3 pisos onde hoje é a SADASA - BMW Angola e estava cheia de carros! Cheia ...

 

No acta ao que me lembro havia uns 7/9 Ferraris , um Lotus 33 , varios Jaguares tipo E , Maseratis 300 s - (2) o Alfa Romeo 33 da Socoína-Emaco triumphs, Ford A Ford T , Prosches Carrera (uns 3/4) ao que me lembro vaaaaarios varios alfa romeu GTA varios BMW 2002 ti i e 2002 Turbo todos laranja os tii e brancos os turbo, lotus elan, lotus vários , ... isto é o que me lembro os ferraris estavam todos como sucata num canto com pneus vazios e os maseratis tb com poeira os mais recentes os zeladores cuidavam e punham a funcionar ...
Lembro de Hondas s 800 uns 3, Datsun sss preto, Lolas uns 3 , Chveron ,

Qdo as autoridades descobriram que era um bluff e ninguêm do club existia mais ou estava mais em Angola o que aconteceu por volta de 78 começou o saque e leva carros para registar como AME ou AMF ( matriculas atribuidas a carros abandonados sem propietário válido)

 

O GTO já lá não estva qdo comecei a ir lá á procura de peças nos Ferraris em 79, Ja devia ter sido levado de lá em 78/79 nunca o vi ... Havia lá uns 7 ferraris e o nr 8 era um DINO amarelo quase novo de 1975, que funcionava e ficou com o "Manolo" milionário Camaguista (comerciante de diamantes) dos anos pós independência Mas esse saiu daqui de Angola depois nos anos 80 o Dino esteve apreendido depois no processo 105 ( processo de condenação de vários comerciantes ilegais de diamntes e estev uns anos no patio da segurança de estado (Pide dos tempos do"Socialismo")
O GTO vendido no mónaco aliás a origem não é negado o comprador e o leilão anunciou o veiculo com o historial do seu palmarés Angolano de vitórias ... Origem de Angola e como tendo pertencido ao ACTA ... Deve ter sido registado como AME- AMF e exportado á sucapa coisa que não era autorizado ...

Havia lá tb um Mercedes 300SL Gullwing Asas de gaivota que dizem foi parar ao Huambo Nova Lisboa e Depois para Cuba levado por alguém militar importante ...

Os Ferraris ao que sei estavam todos sabotados inutilisados de proposito para não rodarem e serem levados mas foram-no assim mesmo !
O que mexemos tinha em falta a bomba de oleo os giglers ... caixa de velocidades sem veio primario (todo completo) e sistema de ignição platinados ( distribuidor vazio no interior)

 

O 250 GTO verde é o 3767GT que esta no UK

250 GTO s/n 3767GT

 

Fantástico trabalho de pesquisa, Mário! Excelente informação essa que logrou obter. Muito obrigado!

Igualmente agradeço as histórias que o amigo Jorge tem partilhado. Apesar de não ser desse tempo (pertenço à "safra" de 1985, pelo que a esmagadora maioria das histórias e episódios narrados aconteceram antes do meu aparecimento), fiquei com a ideia que Angola antes da queda do Estado Novo, com efeito, era uma grande metrópole de corridas, fervilhando de eventos e entusiastas! As fotografias desse tempo enchem-me de curiosidade e nostalgia, não obstante a minha ignorância, que é vastíssima!

Bem-hajam.

Um abraço,

Nuno.