The Portugal Thread!

RockaForte, obrigado pelo esclarecimento sobre a posição da Porsche na VW, não estava a par dessa parte da história.

Com o meu post acima, eu não quis dizer que a Lamborghini usava o sistema quattro ou algum derivado; o que eu quis dizer é que a Audi incorporou no seu sistema AWD proprietário algumas coisas que terá aprendido com a Lamborghini e não o contrário
Agora se o sistema do R8 tem mais de 'quattro' ou mais de 'VT'... isso já não sei.

chest3r, duvido (mas posso estar enganado) que a Lamborghini use algum componente mecânico da Audi, salvo sistemas e componentes relacionados com interiores/botões/Satnav/AC, etc...
O facto de não terem voltado a fazer um carro de tracção traseira tem apenas a ver com a filosofia politicamente correcta da Audi e da sua tentativa de 'domar' as feras. Aliás, se pensarmos bem, dando aos Lamborghini um comportamento mais 'manso' o mercado será provavelmente maior, e logo as vendas também (mesmo que se considere que com esta abordagem podem perder alguns clientes mais puristas). Este tipo de interferência 'corporativa' no espírito das marcas é a face que me deixa mais triste no facto de a Lamborghini ser controlada pela VAG
No Superleggera, segundo o chefe de desenvolvimento da Lambo, o sr. reggiani, foi ponderada a hipótese de este ter apenas tracção atrás e perante uma redução de peso estimada em 50kg decidiram manter a imagem de marca AWD.

 

É preciso compreender que os automóveis de alto desempenho de hoje são efectivamente bestas, estão mais potentes e mais pesados que os seus antecedentes. A acrescentar a isto a idade do comprador médio de uma máquina destas está cada vez mais baixa. A electrónica ajuda muito a corrigir os excessos de confiança mas não todos, a tracção integral ajuda.
E a própria ferrari reconhece isto, já detem a patente de um tipo de tracção às quatro que actuará apenas em último recurso no trem dianteiro. Uma espécie de corrector final.
Por muito que desagrade aos puristas os RWD vão se tornar cada vez mais em carros de nicho, para aquelas pessoas que não têem necessáriamente muito juízo e querem simplesmente um carro brutal.

 

O Murcielago que experimentei, de domado tinha muito pouco...

É preciso ver outra coisa... é muito giro fazer automoveis com 500hp e tracção traseira, e depois ter q usar todos os sistemas de controle de tracção e estabilidade para segurar o dito. Prefiro, em tracção traseira uma coisa até 360~380cv, sem as 'mariquices' das ajudas electronicas, a um com com 500cv, completamente atrofiado em 'processadores'. Aliás, o 'conceito' de controle de tracção, só faz sentido se puder ser desligado... se não, '...não obrigado, fiquem lá com o carrinho !' IMHO, claro...

 

Mas os carros actuais, mesmo sendo mais potentes, nao têm nada a ver com os carros de antigamente, exactamente por causa da eléctronica, que permite até a um condutor sem grande experiência conduzi-los com bastante rapidez e eficácia. Por isso mesmo não acho que um carro de tracção traseira tenha alguma coisa de purista. E vendo até o caso do F430, em que regulando a electrónica, é possível fazermos derrapagens que são controladas pela electrónica. Não é só pelas unhas do condutor.

Contra a eléctronica nada podemos fazer, pois ela veio para ficar, mas espero que a tendência dos desportivos não seja mesmo a tracção às 4.

Em relação à tracção as 4 a Ferrari, quando vi a noticia também nao fiquei nada contente. Pelo que percebi o objectivo é tornar os carros mais faceis de conduzir, com um sistema de tracção que será pouco intrusivo. Mesmo assim aumenta ligeiramente o peso do carro.

 

Na minha humilde opinião estamos num momento de viragem nos super desportivos, as marcas não sabem se devem correr atrás da Bugatti ou atrás da Lotus, e a próxima fornada vai mostrar isso bem, a necessidade de fazer compromissos no que concerne a peso e potência.
Electrônica ou simplicidade ?
E o público ? O que é que vai preferir ? GT's de luxo estão na ordem do dia, mas também em termos de mainstream só há uma marca a vender V12's centrais - marcas como a Spyker e Pagani são demasiado pequenas em termos de quota para serem consideradas - porque não voltar a apostar neste segmento ?
A Aston Martin por exemplo vai entrar neste - ainda que com uma produção limitada - será que vão ser os Ingleses novamente a mostrar o caminho no que diz respeito aos desportivos ?

EDIT: Isto sem entrar na discussão das cilindradas, e energias alternativas ...

 

De estranhar seria se fosse, um Lamborghini V12 será sempre um Lamborghini V12. Algo a ser tratado com muito respeito. Se o próprio Valentino Balboni desfez um LP640 contra um muro em Itália durante uma sessão fotográfica, o que há de fazer o comum dos mortais ...

 

concordo plenamente. mas não deixa de ser verdade que esse espírito de 'indomável' sempre fez parte da 'mística' Lamborghini. Mas claro, hoje em dia a segurança é cada vez mais importante sobretudo quando a potência é cada vez maior, quando se extrai com muito maior facilidade dos carros (nos tempos dos carburadores não era apenas "pata-no-fundo-e-a-ECU-trata-do-resto" como hoje) e no entanto o juízo é muitas vezes menor.

A curto prazo talvez concorde. A médio/longo prazo discordo. Aí o que se vai assistir (é o meu humilde palpite) são menos compromissos com uma progresiva separação de águas entre o carro como meio de transporte e o carro como ferramenta de condução desportiva.

relativamente a esta última, parece-me que as versões de 'trackday' (ex. 911 GT3 RS, Superleggera, Challenge Stradalle) passarão a representar uma fatia maior das vendas e continuarão a ser o último bastião dos chamados 'puristas', especialmente em países onde os trackdays são comuns (e onde já ha apólices de seguro específicas para isso!).

no que diz respeito à primeira, o que se quer é que o carro deixe para o condutor apenas o essencial, numa perspectiva de 'diga-me onde quer ir e eu levo-o lá o mais rápido possível com mínimo de esforço', exigindo-lhe muito pouca capacidade de condução. se o condutor entra muito rápido numa curva o ESP ou o AWD resolvem; se trava com o carro apoiado a distrib electronica da travagem trata de tudo; se acelera cedo de mais a ECU e o o AWD resolvem.
Mas afinal, não era esse o desafio da condução?? Para quem quer simplesmente ir rápido de A a B ou fazer boa figura isso é óptimo, mas para quem gosta de conduzir, o grande desafio não é precisamente aprender a explorar as máquinas de uma forma responsável e retirar delas o melhor? como aprender a tocar um instrumento! Se o objectivo é ouvir uma peça muito bem interpretada, põe-se um disco de um virtuoso. Se o objectivo é alcançar o domínio do instrumento então aprende-se a tocá-lo.

É apenas a minha visão pessoal, e não quero dar a impressão que tenho uma vasta experiencia a conduzir carros de 500cv porque não é esse o caso. O que me parece é que hoje em dia se inverte a questão, o que me parece errado. parte-se do princípio que explorar 500cv deve ser fácil para que se possa fazê-lo de forma gratuita e usar 90% dessa potência a toda a hora, inclusivé para chegar mais rápido ao destino. Ora o objectivo da condução desportiva, para mim, não é chegar a lado nenhum mais rápido (salvo em competição). E se 500cv exigem respeito, experiência e juízo para serem explorados, então que assim seja! É que torná-los utilizáveis sem exigir ao condutor respeito e juízo também é muito arriscado porque se banaliza a sua utilização que passa a ser gratuita...

Mas é claro, ninguém diz que um carro de 500cv com AWD e muita electrónica se conduz sozinho ou que é uma brincadeira de crianças... mas certamente não se compara a 500cv sem essas ajudas.
E além disso, não deixa de ser notável que hoje em dia a tecnologia permita ter carros pesados, muitíssimo potentes e que oferecem ao condutor alguma espécie de proteccção contra os seus excessos. Embora haja lugar para esses carros no nosso mundo, pelo menos para mim, não são esses carros que me aquecem o coração

 

A tendência é sem dúvida carros cada vez mais potentes, com motores maiores e ,devido a outras coisas, cada vez mais pesados; cada vez com mais electrónica e consequentemente mais fáceis de conduzir e mais rápidos.

Por outro lado há a grande tendência actual dos carros para "track day", com baixo peso e excelentes a nível de performances. Se irá durar por muito tempo, isso já não sei, mas espero que sim !

 

Eu honestamente não creio que os especiais para pista, 360CS, GT3RS, etc., passem alguma vez disso edições especiais. Não acho que esses carros passem de marginais em termos de venda, é um conceito do qual muita gente se cansa rapidamente e carros de utilização limitada.
É uma questão de tempo até a UE cair em cima dos trackdays obrigando a carros mais especializados, retirando a capacidade homologativa a clubes e associações.
E os fabricantes de exóticos precisam de motore de alto débito de potência porque os fabricantes generalistas constroem carros familiares com potências perfeitamente absurdas. E como é que uma marca como a Ferrari justificaria aos seus donos que os mercedes iguais aos taxis andam mais ?

 

Já agora ninguém sabe que Ferraris vão estar no Estoril, no sábado ?? Há umas páginas atrás alguém falou num F40 e 599GTB, sempre se confirma ??

E o encontro de Porsches alguém sabe se é também no sábado ?? Seria bom para o confronto !!

 

Que pena ... espero que ainda consigas ir.
Vais ao desfile do dia 14 ?

 

Não posso estar mais de acordo !! Essa é exactamente a razão pela qual me dá tanto gozo conduzir um clássico, sem ajudas nem electrónica. Esse é para mim o verdadeiro gozo da condução. E se posso não ir tão depressa num MG de 1960, mas que apesar de tudo tem 85 cavalos para 900 quilos de peso, o gozo que vou a ter é incomparávelmente superior ao de conduzir um TDi com 150cv, 1600 quilos de peso e todas as ajudas electrónicas.
Isto para não falar de ouvir bem o motor, o diferencial e até as pastilhas de travão à frente a "morder" os discos !!

 

^^ Essa comparação não foi a melhor... um TDi de 150cv dá tudo menos prazer de conduçõa... com todo aquele turbo lag e dps o coice do turbo..... e tb não deve haver mtos TDi a pesar 1600kg...só se for uma carrinha Passat e mesmo assim não sei...

 

O Q7 é um TDI e pesa 2700 Kg

 

Isto foi uma descrição vinda do fundo da Alma...... Subscrevo-a

Sentir a reacção do motor a "abafar" quando o 2º carburador entra ao serviço e a rotação do motor ainda não é a apropriada, "falar" com ele e começar a perceber de que forma "ele gosta mais".....................

Acho que no fim de semana vou tirar um classico da Garagem. Desde o nosso encontro em famalicão que nunca mais peguei em nenhum, e sem duvida que aquela viagem me fez "conhecer" muito melhor o carro.

 

Conheço Tdi´s 110 que dobram a potençia esses são uns verdadeiros brinquedos para pregar supresas alguns carros

 

mas esses vêm com o sistema fumador de vidros incorporado

 

É mesmo um Passat (carro) que vazio pesa 1640 Kg ... o que eu queria dizer é que as prestações do carro são superiores, quer em linha recta quer a curvar.
A maioria das pessoas que conheço tem dificuldade em entender como é que alguém gosta mais de conduzir um carro sem "nada" do que um Passat, que anda bem e é confortável ... e era mais a isso que me queria referir

 

ARAlmeida: Eu tava a falar do TDi 150cv..

F430Modena: Eu não duvido das capacidades de aceleração e recuperação de um TDi. Agr estarmos a incluir TDis quando se fala de prazer de condução.... não faz parte do meu conceito, mesmo sendo típico em Portugal....

Para mim, prazer de condução passa muito por fazer rotações, ouvir o som de um belo motor, etc..

 

Rocka, quase 100% de acordo. Apenas corrijo que os superdesportivos estão cada vez mais potentes mas MAIS LEVES...
Por outro lado o sistema de 4 rodas motrizes do Ferrari 408 era muito mais do que um repartidor de tracção. Usava a tecnologia implementada hoje no F430 - diferênciais electrónicos á frente e atrás. Não só impunha força num eixo como também em qualquer uma das rodas, separadamente. Muito á frente em 1987.
Está na gaveta mas os estudos de outrora vão sendo adaptados aos dias de hoje...

 

A notícia surge, porque o estudo inicial de 1987 está na gaveta, portanto é natural que venha a ser utilizado com algumas nuances... Foi tal como a caixa F1, que surgiu em 1979. Foi implementada em 1989 na F1 e em 1997 nos GTs.

 

No smoke no fun


Off-Topic:

Dia 14 Julho vou a um Dyno Day num banco Mahha e depois irei postar umas novidades para o nosso amigo Helio

 

Certo, mas essa tendência de diminuir o peso é relativamente recente e está muito limitada pelas normas de segurança

 

F430modena depois de fazeres umas valentes repros,o motor vai tendo um maior desgaste e ja não dura o que inicialmente ele prevem a marca.
Cumps.